Thursday, May 31, 2012

Sobre variações

Depois de um ano inteiro treinando meu inglês, escrever na minha língua materna é um tanto estranho. Apesar de ser o idioma que uso diariamente e no qual tenho mais aptidão, ter meus trabalhos secretos sendo feitos em uma língua diferente acabou criando esse interessante efeito de sentir o inglês intimamente relacionado com minhas ambições.

Ainda assim, apesar de todos meus exercícios serem em inglês, nada supera a versatilidade ao estar trabalhando com algo que você realmente tem controle. Afinal, não é nada raro eu estar frustrado com meus textos quando sinto que minhas habilidades com a língua inglesa me deixam limitado para expressar minhas idéias com perfeição.

Apesar de este blog fazer com que, estatisticamente falando, a maioria dos meus esforços para alcançar meus objetivos sejam em inglês, de algum modo minhas habilidades de me expressar em português não só se mantiveram intactas como pareceram se desenvolver junto com minhas sessões em inglês. Mesmo que esse seja meu primeiro texto em português nesse blog, esse texto surgiu com uma facilidade realmente espantosa. Talvez o treinamento com algo que te deixa menos desenvolto realmente tenha esse incrível resultado, ao se livrar das amarras.

Dizem que treinar outra língua faz com que uma das outras línguas seja menos usada e se enfraqueça, mas não acredito nisso (e talvez isso me ajude). Acredito ser possível manter habilidades extensas sem que isso signifique um desgaste incontrolável. Afinal, o que vejo aqui é a prova disso. Aparentemente essa transição entre as duas línguas é extremamente benéfico, pois a flexibilidade em manter as variações constantes e transitar entre sistemas parece ajudar o desenvolvimento, em vez de realmente causar enferrujamento.

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